História e Cultura Popular – Pedro e Inês A21-B1

Se há estória de amor que _________________ marcado a história de Portugal, é a do amor proibido entre o infante Dom Pedro e Dona Inês de Castro. Inês era uma mulher belíssima, de olhos claros e pescoço esguio. Chegou a Lisboa em 1339 como dama de companhia de Dona Constança, sua prima e esposa de Pedro, filho do rei Dom Afonso IV. Inês de Castro era galega, da província de Lugo, filha de uma família nobre. Dada a sua origem, Inês era mais que uma simples integrante do séquito da futura rainha.

Contudo, o amor move fronteiras, faz cair reinos e não entende de reis, de alianças nem de compromissos. Foi assim como Pedro ________________________ completamente por Inês. Apesar do casamento, o Infante marcava encontros românticos com Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra.

Depois da morte de Dona Constança em 1345, Dom Pedro aproveitou para passar a viver maritalmente com Dona Inês e tiveram 3 filhos. Pediram a autorização do Papa em 1351 para __________________, já que eram primos e o direito canônico proibia tais casamentos.

Como a corte papal _______________________ o pedido, o rei D. Afonso IV, pai de Pedro, sentiu-se afrontado e condenou veementemente a ligação.

Além disso, D. Afonso considerava Inês uma ameaça para Portugal ______________________ origem castelhana.

Durante anos, Pedro e Inês viveram nos Paços de Santa Clara, em Coimbra, com os seus três filhos. Mas o crescendo de censura à união por parte da corte pressionava constantemente o rei, que acabou por mandar assassinar Inês de Castro em 7 de janeiro de 1355. A sentença foi executada por 3 cavalheiros da corte, Gonçalves, Coelho e Pacheco, que, chegando a Coimbra, _______________________ aquele pescoço esguio, o colo da garça, que tanto cantaram os poetas.

Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, sucumbindo Portugal a uma guerra civil. Quando finalmente morreu o pai, o príncipe Pedro assumiu a coroa em 1357, mandando prender e matar os assassinos de Inês. A um, arrancou-lhe em vida o coração pelo peito; a outro, pelas costas, o que lhe valeu o cognome de o Cruel. O terceiro, se não ___________________

fugido a Avinhão, ____________________ tido a mesma sorte.

Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, Dom Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal. ____________________ aqui o momento em que se misturam a tradição, a realidade e a lenda.

Em abril de 1360, Dom Pedro mandou construir dois túmulos no Mosteiro Real de Alcobaça, um para ele e outro para Inês. Terminada a construção, ordenou a trasladação do corpo de Inês com grande pomposidade de Coimbra para o Mosteiro para __________________

como ela __________________. Sentou-a no trono, vestiu-a com as vestimentas reais e obrigou, sob pena de morte, a todos os nobres e cortesãos a beijarem a mão de Inês, rainha de Portugal. Corria o ano de 1361. Pedro continuou o seu reinado por 10 anos mais, apaziguando o reino de Portugal.

Dom Pedro e Dona Inês estão enterrados um frente ao outro no Mosteiro de Alcobaça. O rei _____________________ que,

chegado o dia da ressurreição, quando ambos os corpos ____________________ do seu leito de morte,

o primeiro que ___________________ o rosto do seu ser amado.

Assim ficaria imortalizada em pedra a mais arrebatadora estória de amor portuguesa. Inês e Pedro continuam a ser uma fonte inesgotável de inspiração artística e literária. Inês reviveu graças a António Ferreira na “Tragédia de Inês de Castro”, primeira obra dramática do teatro português. Também Luís de Camões evocou esta personagem em “Os Lusíadas” e até mesmo Victor Hugo dedicou-lhe um relato. Também foi composta uma ópera homónima por Persiani no ano de 1835. Já o cinema _______________________, nos anos 40, um filme codirigido pelo espanhol Manuel Viñolas e o português José Leitao de Barros. O fado “Coimbra” convida-nos a visitar a bela cidade universitária portuguesa, “onde uma vez com lágrimas se fez a história dessa Inês tão linda”.